Os drenos sub-horizontais profundos são responsáveis por manter rebaixado o lençol freático, evitando um aumento indesejado do nível d’água do maciço. Estes elementos devem ser dimensionados de acordo com estudos hidrogeológicos e pluviométricos de cada local especificamente e a montagem dos elementos deve permitir que a água entre por dentro do tubo e seja direcionada para fora do maciço. São constituídos por tubos perfurados, envoltos por geotêxteis e/ou telas, ou geotubos (tubos permeáveis).
São constituídas por paramentos rígidos, em geral de concreto armado (bombeado ou projetado), dotados de tirantes ancorados no terreno, responsáveis por combater os empuxos ativos (ou no repouso). Estes tirantes, feitos com monobarras de aço especial ou cordoalhas de aço de baixa relaxação, são protendidos, empurrando o paramento rígido contra o terreno, garantindo a estabilidade do talude e evitando movimentos de massa indesejáveis.
Técnica empregada para a estabilização de encostas naturais e taludes. Tem como principal mecanismo estabilizador a restrição às deformações do maciço. Diferentemente dos tirantes, os grampos não possuem trecho livre, e são definidos como elementos passivos, pois são solicitados somente quando há a tendência de movimento de massa, e de maneira geral, não são pré-tensionados. Seu paramento pode ser constituído de tela metálica de alta resistência, concreto projetado. O solo grampeado pode, inclusive, não ter nenhum paramento na face do talude.
Responsável por direcionar a água pluvial aos cursos d’água. Este correto direcionamento impede uma infiltração excessiva da água da chuva, o que pode prejudicar a estabilidade do maciço. Além disso, o correto dimensionamento da rede de drenagem impede que ocorram erosões nos taludes, que podem vir a se transformarem em deslizamentos superficiais, voçorocas, etc.
São barreiras flexíveis que visam a contenção ou desaceleração de blocos de rocha. Esta solução é aplicada quando a solução de estabilizar os blocos de rocha de maneira generalizada se torna economicamente inviável. As barreiras dinâmicas são dimensionadas por energia, e devem ser capazes de absorver a energia potencial que é transformada em energia cinética ao longo do movimento de queda dos blocos de rocha;
Consiste em instalar aparelhos, em locais previamente escolhidos, que medem diversas grandezas relevantes para a esta estabilidade de determinado maciço, tais como poro-pressões, deformações, nível d’água etc. Os instrumentos mais utilizados são os Piezômetros, Indicadores de Nível D’água, Inclinômetros, Marcos Superficiais, Prismas Topográficos, Crack Meter, Pinos de Recalque. Outros instrumentos podem ser instalados também para a verificação de determinado parâmetro específico do local.
As contenções em túneis são responsáveis por conter possíveis desprendimentos de blocos de rocha (no caso de túnel rochoso). O principal tipo de movimento de massa que é contemplado com as soluções é o rockburst, que se trata de uma repentina “explosão” da rocha sã, vindo a desprender a massa de rocha, com grande liberação de energia.
A limpeza de talude se faz importante, pois a partir dela é possível verificar possíveis patologias, que com uma camada de vegetação superficial não é possível enxergar, tais como, trincas, erosões etc. Além disso, para monitoramento de alguns taludes a partir de prismas, por exemplo, é preciso realizar a limpeza do talude para que seja possível mirar o equipamento topográfico no instrumento em questão. Esta limpeza pode ser feita de maneira manual, mecanizada, além de remotamente controlada, a depender da complexidade do acesso do local, e da condição de estabilidade do talude e/ou barragem.
São partes elementares da infraestrutura de obras de artes especiais localizadas em locais de difícil acesso, tais como taludes muito altos e íngremes, grandes e profundos vales, onde não há a possibilidade de execução da fundação com equipamentos convencionais de mercado.